Notícias do Tocantins - O inquérito que apurou o caso de uma jovem de 21 anos suspeita de inventar uma gravidez para obter dinheiro de um homem de 30 anos foi finalizado pela Polícia Civil. Segundo o delegado Jacson Ribas, responsável pela investigação, a mulher foi indiciada pelo crime de estelionato. A história aconteceu em Gurupi, no sul do estado, e envolveu falsas consultas médicas, compra de remédios, chá revelação, rifas e até uma nota de pesar pelo suposto falecimento do bebê inexistente. 36vc
Relacionamento casual e início da farsa
De acordo com o delegado, a jovem conheceu o homem em 2023 e os dois tiveram um relacionamento casual. Em fevereiro de 2024, ela comunicou que estaria grávida e, ao longo dos meses seguintes, ou a solicitar transferências financeiras com a justificativa de que a gestação seria de risco.
"Ela ou a solicitar [dinheiro] para consulta, remédio, porque alegava que a gravidez era de risco. Então ele fez algumas transferências, mensalmente, semanalmente. Estimamos que as despesas chegaram entre R$ 2.500 e R$ 3 mil, considerando ainda gastos com o chá revelação e a compra de móveis para o quarto da criança", explicou Jacson Ribas.
Rifas, redes sociais e comoção pública
Durante a suposta gestação, a mulher organizou rifas para comprar o enxoval do bebê. "Muita gente comprou para ajudar. Só que essas pessoas não formalizaram representação por estelionato", detalhou o delegado.
A jovem também enviava fotos ao homem para tentar comprovar a gestação. Como o relacionamento já havia terminado, ele não tinha convivência diária com ela e acabou acreditando nas informações readas. Sempre que tentava vê-la, a mulher dava desculpas.
Ao final dos nove meses, a jovem publicou fotos de um bebê nas redes sociais e marcou o homem, indicando a suposta paternidade. Segundo o delegado, um exame de DNA chegou a ser agendado em uma clínica em Gurupi, porém, a autora não compareceu. Pouco tempo depois, ela divulgou notas de pesar comunicando o falecimento da criança.
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Desconfiado, o homem tentou buscar informações e foi informado pela jovem que o corpo da criança teria sido recolhido por uma funerária. Sem comprovações, ele procurou a polícia e registrou a denúncia.
"Ela alegou que teve a gravidez, mas perdeu depois de um tempo. Disse que tudo aconteceu em casa, sem buscar ajuda médica. Não houve pré-natal, nem exame de confirmação em hospital", relatou o delegado.
Indiciamento
O inquérito foi concluído nesta quarta-feira (23) e encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Caso seja condenada, a jovem poderá pegar de 1 a 5 anos de prisão pelo crime de estelionato.
A identidade da suspeita não foi divulgada.
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