Notícias de Palmas - Saulo Inácio de Sousa, preso após condenação pelo crime de estupro de vulnerável contra duas vítimas, é ex-pastor da igreja O Brasil Para Cristo e ex-líder do projeto social Casa Compaixão, em Palmas. Figura conhecida na capital por sua atuação religiosa e comunitária, ele deverá cumprir 19 anos, 8 meses e 7 dias de prisão em regime fechado, conforme sentença da 2ª Vara Criminal da capital. 582f21
A condenação, que já transitou em julgado, reconheceu que Saulo cometeu os crimes em momentos distintos, aproveitando-se da confiança que detinha como líder espiritual para abusar das vítimas, ambas menores de idade à época dos fatos. O juiz responsável pela sentença considerou a condição de pastor e o vínculo religioso com as famílias como fatores agravantes, o que aumentou a pena.
Durante anos, Saulo liderou o projeto social “Casa Compaixão”, que visava à construção da primeira casa de acolhimento para idosos em Palmas. Em 2017, chegou a ser homenageado pela Câmara Municipal durante as comemorações dos 500 anos da Reforma Protestante, por sua atuação religiosa.
Segundo a sentença, o trauma causado pela violência sexual levou a primeira vítima à automutilação, o que foi levado em consideração para o aumento da pena. Em relação à segunda vítima, também foi reconhecida a relação de autoridade religiosa como circunstância agravante. As penas pelos dois crimes foram somadas, totalizando quase duas décadas de reclusão.
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De acordo com apuração da reportagem, Saulo trabalhava como corretor de imóveis no momento da prisão e não exercia mais o cargo de pastor. O mandado de prisão foi expedido em 19 de fevereiro de 2025 e cumprido no último dia 16 de maio.
A Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio da Superintendência de istração dos Sistemas Penitenciário e Prisional, confirmou que o ex-pastor encontra-se sob custódia do Estado. Ele não poderá recorrer em liberdade nem terá direito a penas alternativas.