O jejum do ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), durou só algumas poucas horas. Ele havia se acorrentado numa árvore e começado uma greve de fome na porta da Superintendência Regional da Controladoria Geral da União (CGU), na manhã desta segunda-feira (27).
Depois da cena e de muitos posts nas redes sociais, o presidente do PSB no Tocantins foi recebido pessoalmente pelo superintendente da CGU no estado, Leandro da Cruz Alves, mas sem a tão exigida coletiva de imprensa.
Amastha entregou ao superintendente o que, segundo ele, seriam as provas de sua inocência no suposto esquema criminoso que desviu cerca de R$ 15 milhões dos cofres da Prefeitura de Palmas com aluguel de veículos. O ex-prefeito foi um dos alvos da Operação Carta Marcada, da PF.
Após algumas justificativas, o ex-prefeito alegou inocência e solicitou que o órgão tome as devidas providências. O superintendente ouviu com atenção e se limitou a dizer que a CGU não se envolve em política.
"A CGU é um órgão técnico, não se envolve em meandros políticos. É claro que no trabalho de fiscalização vai ter sempre opiniões diversas, por isso o Judiciário está para harmonizar as coisas. Tentamos fazer o melhor possível para cumprir a missão institucional da CGU que é zelar pelo recurso público”, afirmou.
Greve dos professores 2017
Em 2017, durante a gestão do ex-prefeito, quando alguns professores da rede municipal de ensino da capital fizeram greve de fome para tentar negociar com a gestão, não houve diálogo.
O próprio Amastha se negou a receber os representantes da categoria e decidiu contratar professores substitutos alegando que a greve seria ilegal. Durante uma coletiva de imprensa, no dia 22 de setembro de 2017, o colombiano cravou: "Não tem diálogo com quem está faltando ao trabalho".