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O que acontece quando artistas ou outras personalidades são “mortas” simbolicamente pelos próprios fãs ou seguidores durante alongado período de exposição na internet e estes caem no desprezo, sendo de fato, “cancelados”? 3q4s4x

Mas afinal, qual o perfil apresentado para fãs darem esse veredicto sobre seus ídolos? Seriam as atitudes, vistas pelo público como inapropriadas sob o ponto de vista ideológico ou comportamental?

Estamos falando da cultura do cancelamento, e o termo foi destaque em 2019 ganhando sua relevância a partir de um dicionário australiano de nome Mcquarie responsável por selecionar expressões que mais moldaram o comportamento humano.

Movimento que tem força principalmente nas redes sociais, a cultura do cancelamento envolve uma iniciativa de conscientização e interrupção do apoio a um artista, político, empresa, produto ou personalidade pública devido à demonstração de algum tipo de postura considerada inaceitável.

No cenário estrangeiro, a ideia tem origem no movimento #MeToo (#EuTambém, em português), campanha on-line que reuniu testemunhos de mulheres vítimas de crimes sexuais. Encabeçado por celebridades nos EUA, o movimento começou em 2017, após denúncias contra um produtor de cinema.

Num momento em que o confinamento social reeditou as novas regras de conduta para muitos brasileiros, alguns especialistas acreditam que “estamos mais conectados e dependentes das redes sociais para socializar”, sendo essa talvez, a razão de o cidadão de casa receber os tantos conteúdos disponibilizados na rede.

Casos recentes evidenciam algumas situações, como as lives de alguns cantores como Gustavo Lima, que foi cobrado pelo CONAR – Conselho que regulamenta a propaganda e da digital influencer Gabriela Pugliese que realizou festa em sua casa e divulgou em sua rede social Instagram, e a ex-BBB, Bianca Andrade que não seguiu tendência de colegas na casa.

Há alguns casos em que os inconvenientes chegam a tal ponto que até os analistas de tendências são enfáticos ao afirmarem que “internet não é lugar de se ficar 100% espontâneo”. Quem recomenda é a profissional Iza Dezon.

De acordo com a analista, é preciso ter responsabilidade com o que se propaga na internet e afirmou que errar é humano e que muitos artistas cancelados pelo público voltam a ser seguidos em suas exibições.

Nesse aspecto, o assunto nos leva a estabelecer uma reflexão acerca da exposição pessoal ou do uso abusivo da internet para apresentar algo ao público que possa refletir as preferências ou opções ideológicas, políticas ou opiniões extremadas sobre assuntos, algo que vem acontecendo nesse período de confinamento.

A lista de famosos cancelados em 2019 é extensa. No Brasil, o tribunal das redes sociais já sentenciou nomes como Anitta, Neymar, Britto Jr. e MC Gui, que em alguns momentos usaram de falas infelizes para mostrar preferências ideológicas, manias pessoais, mas que não teve o respaldo de alguns seguidores que optaram por boicotar estas personalidades.

Não se trata de uma “birra” dos internautas, pois em 2020 a tendência se mantém mesmo dividindo opiniões. Enquanto alguns veem como ferramenta para mediação moral, outros encaram com cautela. Acredita-se que tal movimento esteja alinhado ao pensamento neoliberal por envolver o consumo mercadológico de algo mesmo que pela internet ou TV.

“Podemos deixar de comprar produtos de uma empresa envolvida em um escândalo ambiental, assim como cortamos os vínculos com um familiar em função de seu posicionamento político”, explica o psicanalista Lucas Liedker, estudioso do assunto.

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Emílio Lopes é professor, escritor e historiador tocantinense

NOTA: No momento de fechamento desta reflexão a manchete destaque no site Yahoo, era a seguinte: “Marina Ruy Barbosa é cancelada por polêmica envolvendo seu tataravô”

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+ Vírus, confinamento e uma reflexão sobre a 'solidão criadora' de Rousseau - por Emílio Lopes 3c5w5x

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