Notícias do Tocantins – A desigualdade salarial entre homens e mulheres continua a ser um dos maiores desafios econômicos no Brasil. De acordo com a pesquisa mais recente, publicada em 2025, as mulheres brasileiras recebem, em média, 20,9% a menos que os homens, com uma remuneração média de R$ 3.755,01 contra R$ 4.745,53 dos homens. 2cl4u
Esse cenário reflete uma disparidade histórica, que persiste apesar das diversas políticas públicas que buscam reduzir essa diferença.
O Impacto no Tocantins
No Tocantins, a realidade não é diferente. As mulheres no estado ganham, em média, 18,7% a menos que os homens. A remuneração média das mulheres tocantinenses é de R$ 2.377,71, enquanto a dos homens é de R$ 2.923,49.
A situação é preocupante, especialmente considerando que as mulheres representam 52,7% da força de trabalho no estado, com muitas delas sendo mães chefes de família, responsáveis pelo sustento de suas casas e filhos.
Diferenças em outras regiões do Brasil
Em comparação com o cenário nacional, o Tocantins apresenta uma diferença salarial menor, mas ainda assim substancial. O Brasil, em geral, apresenta uma disparidade média de 20,9%, enquanto no Tocantins a diferença é 18,7%.
Esse dado reflete a disparidade salarial entre as regiões do país, com o Distrito Federal apresentando a menor diferença (8%), e Goiás com a maior (23,1%).
Sobre a lei
Sancionada em 3 de julho de 2023, a Lei nº 14.611 trata da igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens no ambiente de trabalho, alterando o artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A legislação determina que empresas com mais de 100 empregados (as) adotem medidas para assegurar essa igualdade, como a implementação da transparência salarial, ações de fiscalização contra a discriminação, canais específicos para denúncias, programas de diversidade e inclusão, além do incentivo à capacitação de mulheres.
A iniciativa é fruto da articulação entre o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério das Mulheres. Para mais informações, e a Instrução Normativa MTE nº 6, de 17 de setembro de 2024, publicada no Diário Oficial da União.
Necessidade de mudanças estruturais
A desigualdade salarial no Tocantins e no Brasil como um todo é um reflexo de uma estrutura social que ainda carece de mudanças significativas.
Embora políticas públicas tenham sido implementadas, é necessário um esforço contínuo de empresas e governo para garantir que mulheres e homens recebam salários iguais por trabalho igual.
Além disso, é urgente promover uma cultura de igualdade que vá além das leis, com um comprometimento real de todos os setores da sociedade para alcançar a equidade salarial.