O tocantinense de Porto Nacional até tentou trabalhar como operador de máquinas agrícolas, mas aos 16 anos, Zé Filho já recebera a incumbência de subir num púlpito e rezar aos fiéis ainda como diácono. Foi quando percebeu que seu caminho era mesmo manejar a palavra de Deus. 636k3i
Com apenas 24 anos, já casado, foi consagrado pastor. Em seu escritório, a Bíblia, em várias versões, estava sempre sobre a mesa. Ele foi ministro do Evangelho, bacharel em teologia, capelão, e pastor-presidente da Igreja Assembleia de Deus Ciadseta (Convenção Interestadual das Assembleias de Deus do Seta). Ocupou inúmeros cargos na vertente evangélica no Tocantins.
Rodou o estado, assumindo igrejas em cidades como Rio Sono, Filadélfia, São Valério, Goiatins e na capital, Palmas. Na primeira, havia apenas um presbítero e seis crentes quando o pastor Zé Filho chegou —deixou a função com 50 sacerdotes e 600 membros frequentando a casa.
Por onde ou houve um grande crescimento de crentes e de obreiros. “Era um líder, ganhador de almas e de espírito pacificador”, diz o filho Sóstenes.
No ano ado, foi sondado para suplente de senador e este ano recebeu visita da senadora Kátia Abreu (PDT), que o convidou a se filiar a seu partido, já que via em Zé Filho um forte nome para disputar uma vaga na Câmara Municipal de Palmas em 2020.
Mas foi em Rio Sono, cidade onde o pastor iniciou o ministério, que ele morreu no púlpito da igreja, vítima de um ataque cardíaco, no dia 24 de fevereiro, aos 50 anos. Deixa a mulher, Elcina, três filhos, Sóstenes, Silas e Saulo, e cinco netos.
(Folha de SP).