Notícias do Tocantins – A Polícia Federal (PF) ampliou, nesta terça-feira (18/03), as investigações sobre o esquema de venda e vazamento de decisões judiciais envolvendo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em uma nova fase da Operação Sisamnes. 615x1f
Desta vez, as suspeitas recaem sobre integrantes do Ministério Público do Tocantins (MPTO), incluindo o procurador Ricardo Vicente da Silva, que foi alvo de mandado de busca e apreensão.
Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, advogado e assessor do procurador, foi preso preventivamente. Thiago é sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que não está sendo investigado na operação. As ações foram autorizadas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a PF, os investigados são suspeitos de utilizar redes clandestinas para obter informações sigilosas de investigações em curso no STJ, que seriam posteriormente comercializadas ou readas de forma ilegal a terceiros interessados. Essa prática criminosa envolvia corrupção ativa e iva, obstrução de justiça e violação do sigilo funcional.
A Operação Sisamnes foi desencadeada inicialmente em 2023 após a descoberta de mensagens comprometedoras no celular de um advogado assassinado em Mato Grosso. As mensagens indicavam uma suposta negociação de sentenças judiciais.
Em nota, o MPTO informou não ter tido o até o momento à decisão que autorizou a operação e afirmou que não irá se manifestar antes de analisar a documentação.
A defesa dos investigados ainda não se pronunciou sobre as acusações até o momento. Além da prisão e das buscas, foram impostas medidas cautelares, como afastamento das funções públicas, proibição de contato entre envolvidos e restrição de saída do país, com recolhimento dos aportes.
As investigações prosseguem com o objetivo de identificar todos os envolvidos e o alcance da rede ilegal que atuava prejudicando o andamento das investigações policiais e judiciais no Tocantins e outros estados brasileiros.
Nota da defesa do governador
A defesa do Governador Wanderlei Barbosa esclarece que desde o dia 15 de abril de 2024 ele foi formalmente habilitado no inquérito da FAMES-19 junto com seus advogados, tendo, desde então, o regular ao processo por meio dos trâmites legais.
Dessa forma, não houve qualquer recebimento de informação privilegiada um vez que a conversa mencionada na investigação da Operação Sisamnes, encontrada no WhatsApp dos suspeitos, data de 28 de junho de 2024, quase três meses desde que a defesa do governador já possuía o integral ao processo.
Reforçamos que o Governador Wanderlei Barbosa não é alvo da investigação e nem foi citado no processo. Eventuais desdobramentos são de exclusiva responsabilidade dos investigados, não cabendo qualquer tentativa de vinculação ao governador por atos individuais de terceiros.
Destacamos ainda que Thiago Barbosa e Goianyr Barbosa, citados na investigação, não possuem qualquer vínculo com o Governo do Tocantins. Thiago era assessor do Ministério Público Estadual (MPE), e seu pai, Goianyr Barbosa, não ocupa cargo na istração estadual.
A defesa reitera sua confiança nas instituições e no devido processo legal, assegurando o direito constitucional ao contraditório e à ampla defesa.
Palmas, 18 de março de 2025.
Equipe Técnica de Defesa do Governador Wanderlei Barbosa
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