O prefeito de Arguaína, Ronaldo Dimas (Podemos), antecipou ao AF Notícias mais medidas adotadas para enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. O gestor decidiu decretar situação de calamidade pública. O novo decreto será publicado ainda nesta segunda-feira (23) no Diário Oficial do Município. 2k4m1s
Dimas também apresentou à Câmara Municipal um projeto de lei no qual proíbe o corte no fornecimento de serviços essenciais de energia elétrica, água e de coleta e tratamento de esgoto, por falta de pagamento.
Pela proposta, as concessionárias BRK Ambiental e Energisa ficam expressamente proibidas de interromper os respectivos serviços prestados, na zona urbana e rural, pelo prazo de 30 dias, prorrogável por igual período.
O prefeito destacou que, neste momento crítico, o interesse das empresas no recebimento das faturas não pode sobrepor-se às medidas de saúde pública. “Deve ser priorizada a saúde pública, não podendo, em hipótese alguma, haver interrupção dos serviços, salvo nos casos de comprovado comprometimento à segurança das pessoas, pelo tempo necessário à correção do problema”, afirma na justificativa do projeto.
O prefeito já se reuniu com os vereadores nessa tarde para tratar das novas medidas que devem ser votadas pelos vereadores em sessão extraordinária ainda nesta semana.
Dimas destacou que o Município já adotou várias medidas "rápidas, práticas e eficazes" para combate à pandemia que assombra o mundo e que requer adoção de atitudes imediatas como é o caso da continuidade dos serviços essenciais de água e luz.
2 CASOS NEGATIVOS
O prefeito também antecipou ao AF que 2 dos 9 casos suspeitos de coronavírus em Araguaína testaram negativo, ou seja, estão descartados. Nesta terça-feira (24) a prefeitura receberá os primeiros kits de testes rápidos da doença, o que vai acelerar o diagnóstico para questão de minutos.
BRK E ENERGISA
A BRK Ambiental já anunciou a suspensão de corte de água por falta de pagamento desde o dia 19 de março de 2020, em todas as cidades do Tocantins onde a empresa atua. A medida vale inicialmente por 60 dias.
Já a Energisa disse que está sensível ao avanço da pandemia do Covid-19 e atenta aos principais temas levantados pela sociedade e diferentes setores da economia.
Afirmou também que está em diálogo aberto com o Ministério de Minas e Energia e a Aneel para agir de forma estruturada, para que soluções para o segmento sejam pensadas em âmbito nacional, abordando todas as suas variáveis e implicações.
"A Energisa reconhece que o serviço de fornecimento de energia se torna ainda mais essencial neste momento", disse.