Notícias do Tocantins – As buscas pelo corpo da pequena Ana Beatriz, de apenas 15 dias de vida, duraram cinco dias. O corpo foi encontrado pela polícia dentro da casa da família, na terça-feira (15/4). 45vo
Ela estava escondida em um armário de madeira, na área da lavanderia, em Novo Lino, interior de Alagoas. No local, havia vários produtos de limpeza. A menina estava envolta em uma bolsa plástica.
Ana Beatriz, conforme as investigações da Polícia Civil (PC), foi morta pela mãe, identificada como Eduarda Silva de Oliveira. Inicialmente, a mulher procurou a polícia alegando ter sido vítima de bandidos, que teriam sequestrado a recém-nascida.
Eduarda confessou à polícia ter matado Ana Beatriz asfixiada com um travesseiro porque a menina não parava de chorar e por não dormir há dois dias.
Durante a apuração da PC, a mãe da menina mudou várias vezes as versões apresentadas, fato revelado na segunda-feira (14/4) pelos delegados Igor Diego e João Marcelo. Isso levou os investigadores a descartarem a hipótese de sequestro. Informações de uma integrante da família da menina ajudaram a polícia na elucidação do caso e localização da menina, mas foi a mãe quem forneceu o lugar exato em que estava o corpo da recém-nascida.
As últimas informações são de que Eduarda teria confessado o crime. Ela desmaiou na residência após a confirmação da morte e precisou ser levada ao hospital por uma ambulância. Temendo que a mulher fosse vítima de agressão por parte de vizinhos e terceiros, a polícia reforçou a segurança dela.
Transferida para capital
Maria Eduarda, de 22 anos, foi transferida do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Novo Lino para Maceió, na noite dessa terça-feira (15/4), após a filha ser encontrada morta dentro de um armário na casa da família.
Crimes
A mãe da pequena Ana Beatriz pode responder por crimes de infanticídio e homicídio, além da ocultação de cadáver. A informação é do delegado João Marcelo, que confirmou ainda que a mulher está presa em flagrante.
“Estamos apurando a questão do infanticídio ou homicídio e ocultação de cadáver. Até o presente momento, ela vai ficar presa por ocultação de cadáver”, confirmou a autoridade policial. De acordo com o Código Penal, o infanticídio é a prática de matar o próprio filho sob influência do estado puerperal.
De acordo com o Código Penal, o infanticídio é a prática de matar o próprio filho sob influência do estado puerperal. Essa tipificação é considerada quando a morte é causada durante o parto ou logo após. A pena é de detenção de dois a seis anos. Ana Beatriz tinha 15 dias de vida quando desapareceu.
Já o crime de homicídio prevê um enquadramento com penalidade que pode chegar a vinte anos de reclusão.
Para o indiciamento por infanticídio, a mulher deve ar por avaliação psicológica que determine seu quadro de saúde mental.
As buscas
A investigação começou na sexta-feira (11/4), e câmeras de monitoramento foram analisadas. As buscas por Ana Beatriz mobilizaram, durante cinco dias, uma força-tarefa composta pela Polícia Civil, pela Polícia Militar (PM) e pelo Corpo de Bombeiros.
Acompanhe diariamente as notícias do Tocantins pelos nossos canais no WhatsApp, Telegram, Facebook, Threads e Instagram.