Imagine enxergar uma cor que ninguém nunca viu antes. Parece impossível, mas um grupo de cientistas acaba de dar um o revolucionário ao identificar uma tonalidade inédita, batizada provisoriamente de “olo”. Publicada na revista Science Advances, a descoberta desafia o que sabemos sobre a visão humana e abre novas possibilidades para a ciência, tecnologia e até o design. 5x1ea
Entenda que é essa cor, como ela foi encontrada e o que isso significa para o futuro.
A cor “olo” não se encaixa em nenhum espectro de cores que conhecemos, como o RGB (usado em telas) ou o CMYK (usado em impressões). Segundo os pesquisadores, ela surgiu ao estimular de forma extremamente precisa os cones M da retina — células responsáveis por detectar tons de verde. O resultado foi um tom azul-esverdeado único, descrito como algo nunca antes percebido.
O nome “olo” vem do código binário “010”, que representa a ativação isolada desses cones no experimento. Diferentemente das cores tradicionais, “olo” não pode ser recriada por misturas de luz ou pigmentos físicos, o que a torna um fenômeno visual completamente novo.
Pergunta para refletir: como seria enxergar uma cor que não existe em nenhum arco-íris ou paleta digital?
O experimento, detalhado na Science Advances em 2025, usou lasers de alta precisão para estimular os cones M sem ativar outros tipos de células sensíveis à luz (como os cones L e S, que detectam vermelho e azul). Essa abordagem minuciosa isolou a resposta dos cones M, algo nunca feito com tanta exatidão antes.
Os participantes relataram enxergar uma tonalidade que não conseguiam comparar com nenhuma cor conhecida. “Foi como ver algo que não pertence ao nosso mundo visual”, descreveu um dos voluntários, segundo o estudo. No entanto, os cientistas são cautelosos: ainda não está claro se “olo” é uma cor verdadeiramente nova ou uma percepção extrema de tons já existentes.
A identificação de “olo” pode ter impactos profundos em várias áreas:
Ciência da visão: a descoberta questiona os limites da percepção humana. Se confirmada, pode redefinir como entendemos o funcionamento da retina e do cérebro na interpretação de cores.
Tecnologia visual: dispositivos como óculos de realidade aumentada ou telas poderiam ser projetados para simular cores além do espectro atual, expandindo a experiência visual.
Design e arte: artistas e designers podem ganhar novas formas de expressão, caso “olo” ou cores semelhantes sejam reproduzidas digitalmente.
Além disso, o estudo levanta questões filosóficas. Se existem cores que nunca vimos, o que mais nossa visão pode estar perdendo? Como explica a pesquisadora Dra. Ana Ribeiro, coautora do estudo, “Essa descoberta nos lembra que a realidade que percebemos é apenas uma fração do que pode existir.”
Apesar do entusiasmo, os autores do estudo destacam que mais pesquisas são necessárias. Ainda não está comprovado se “olo” é uma cor independente ou uma variação de tons conhecidos. Além disso, a percepção da cor foi relatada apenas em condições laboratoriais altamente controladas, o que torna difícil reproduzi-la em cenários do dia a dia.
Os próximos os incluem testes com mais voluntários e o desenvolvimento de tecnologias que possam simular “olo” fora do laboratório. “Estamos apenas começando a explorar o que a visão humana é capaz de fazer”, afirma o artigo da Science Advances.
A descoberta de “olo” é um marco na ciência da visão, mas também um convite à curiosidade. Ela nos desafia a repensar o que consideramos “real” no mundo das cores e sugere que a tecnologia pode, um dia, expandir os limites do que enxergamos.
Enquanto os cientistas continuam investigando, uma coisa é certa: a cor “olo” já está mudando a forma como pensamos sobre o ato de ver. Quem sabe quais outras tonalidades desconhecidas ainda nos aguardam?