Perder o olfato pode ser mais do que um simples incômodo — é um sinal que merece atenção. Seja por um resfriado comum ou algo mais sério, como uma lesão cerebral, a perda de olfato afeta a qualidade de vida e até a segurança, já que o cheiro nos alerta para perigos como fumaça ou alimentos estragados. Mas o que causa esse problema? E quando é hora de buscar ajuda? Neste artigo, exploramos as principais causas, opções de tratamento e os sinais de alerta que você não deve ignorar. 3y35m
O que causa a perda de olfato?
A perda de olfato, ou anosmia, pode ter várias origens, desde fatores simples até condições médicas complexas. Aqui estão as causas mais comuns:
Congestão nasal: resfriados, gripes ou alergias podem bloquear as agens nasais, dificultando a percepção de odores.
Fumo: o tabagismo irrita as mucosas nasais, reduzindo a sensibilidade olfativa ao longo do tempo.
Efeitos colaterais de medicamentos: alguns remédios, como anti-hipertensivos ou antibióticos, podem afetar o olfato temporariamente.
Envelhecimento: com a idade, a capacidade olfativa pode diminuir naturalmente, afetando cerca de 25% das pessoas acima de 60 anos, segundo a National Institute on Aging.
Infecções virais: a COVID-19, por exemplo, é conhecida por causar perda de olfato em até 50% dos casos, conforme estudo publicado no Journal of Internal Medicine (2020).
Lesões na cabeça: traumas cranianos podem danificar os nervos olfativos, levando à anosmia permanente.
Doenças neurológicas: condições como Alzheimer ou Parkinson podem incluir perda de olfato como sintoma inicial.
Tumores ou pólipos nasais: obstruções no nariz ou seios paranasais podem interferir na percepção de odores.
Pergunta para refletir: você já notou mudanças no seu olfato após um resfriado ou uso de algum medicamento? Identificar o gatilho pode ser o primeiro o para resolver o problema.
Como tratar a perda de olfato?
O tratamento depende da causa, mas algumas medidas simples podem ajudar em casos leves, enquanto outros exigem intervenção médica.
Parar de fumar: evitar o tabaco pode restaurar parcialmente a sensibilidade olfativa em semanas, segundo a American Academy of Otolaryngology.
Inalação de vapor: inalar vapor quente com eucalipto ou mentol ajuda a desobstruir as agens nasais.
Higiene nasal: usar soro fisiológico para limpar o nariz pode aliviar a congestão causada por alergias ou resfriados.
Se os sintomas persistirem, é hora de consultar um médico. Fique atento se você notar:
Congestão nasal que não melhora após uma semana.
Febre persistente ou sintomas neurológicos, como confusão mental ou perda de memória.
Perda de olfato após um trauma na cabeça.
Emergência: procure atendimento imediato se houver sinais de reação alérgica grave, como tontura, inchaço ou dificuldade para respirar.
Médicos podem recomendar:
Corticoides nasais: para reduzir inflamações causadas por alergias ou pólipos.
Treinamento olfativo: um método que envolve cheirar essências (como limão ou lavanda) regularmente para estimular os nervos olfativos, eficaz em 30-60% dos casos, segundo a Rhinology Journal (2021).
Exames de imagem: tomografias ou ressonâncias para investigar tumores ou danos neurológicos.
Nem toda perda de olfato é motivo para pânico, mas alguns sinais exigem ação rápida. Por exemplo, a perda súbita de olfato após uma pancada na cabeça pode indicar lesão nos nervos olfativos ou até hemorragia cerebral. Da mesma forma, sintomas neurológicos, como dificuldade de concentração ou alterações de memória, podem sugerir condições como Alzheimer.
Helena Cubero, neuropsicóloga, explica: “A perda de olfato pode ser um sintoma precoce de doenças neurodegenerativas, especialmente em idosos. É crucial investigar.” Se você tem mais de 60 anos ou histórico familiar de doenças neurológicas, consulte um especialista ao notar mudanças persistentes.
Este conteúdo é apenas para fins informativos e não substitui o aconselhamento médico. Consulte um profissional de saúde qualificado.
Referêcia: Focus Medida