O Índice de confiança do comércio (ICOM) do FGV IBRE registrou uma queda de 3,8 pontos em fevereiro, atingindo 85,5 pontos, o menor nível desde dezembro de 2023, quando marcou 88,9 pontos. Essa redução consecutiva indica um cenário de desaceleração no setor comercial, refletindo a percepção dos empresários sobre a demanda e as condições macroeconômicas atuais. 5l2d29
A confiança do comércio é um indicador crucial para entender o comportamento econômico e o sentimento dos empresários. A queda do ICOM em fevereiro sugere que o foco dos comerciantes está voltado para os desafios imediatos, como a inflação e os juros elevados, que impactam diretamente o poder de compra dos consumidores e a capacidade de investimento dos negócios.
A queda da confiança foi observada em cinco dos seis principais segmentos do comércio. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 2,3 pontos, para 88,5 pontos, refletindo uma percepção negativa sobre o momento atual dos negócios. O quesito que mede as avaliações sobre a situação atual dos negócios teve a maior queda, variando negativamente em 3,8 pontos, para 87,4 pontos.
Expectativas futuras e tendências
O Índice de expectativas (IE-COM) também registrou uma queda significativa, recuando 5,1 pontos, para 83,2 pontos. As perspectivas de vendas nos próximos três meses e as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses também apresentaram resultados negativos. Esses dados indicam que o foco dos empresários está em gerenciar a incerteza econômica e ajustar suas estratégias para um cenário de menor demanda.
A percepção dos empresários sobre o volume da demanda e as condições macroeconômicas é um fator determinante para a confiança do comércio. Com a inflação e os juros em alta, os segmentos mais sensíveis à renda e ao crédito são os mais afetados. Esse cenário levanta questões importantes sobre como os comerciantes podem se adaptar e quais medidas podem ser tomadas para reverter essa tendência negativa.
A queda consecutiva do ICOM em fevereiro destaca a necessidade de um foco estratégico para enfrentar os desafios econômicos atuais. Os empresários do comércio precisam estar atentos às mudanças no ambiente macroeconômico e buscar soluções inovadoras para manter a competitividade e a sustentabilidade dos negócios.
Fonte: FGV