Em Viçosa, Minas Gerais, Yasmin da Silva Cândido, de apenas 22 anos, enfrenta uma batalha diária contra a acalasia, uma condição rara que impede a agem adequada de alimentos do esôfago para o estômago. Pesando apenas 27 kg, a jovem vive em estado de desnutrição e busca arrecadar R$ 20 mil para uma cirurgia especializada que pode transformar sua qualidade de vida. 556p3d
Mas o que é a acalasia, e como ela impacta a vida de alguém tão jovem?
Diagnosticada em 2020, Yasmin começou a perceber sintomas como engasgos frequentes e dificuldade para se alimentar. “Estava engasgando enquanto dormia. Fiz uma endoscopia, e o médico suspeitou de acalasia. O diagnóstico foi confirmado após exames em Belo Horizonte”, contou Yasmin em entrevista. A condição, que afeta cerca de 1 em cada 100 mil pessoas, segundo a Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA, compromete o movimento do esôfago, dificultando a alimentação e causando desnutrição severa em casos graves.
A causa da acalasia de Yasmin foi identificada como uma infecção pelo protozoário Trypanosoma cruzi, responsável pela Doença de Chagas. Médicos suspeitam que o contágio ocorreu na infância, possivelmente por picadas de barbeiros, insetos comuns em áreas rurais. Essa conexão com a Doença de Chagas torna o caso de Yasmin ainda mais complexo, já que a infecção pode causar complicações em diversos órgãos.
Inicialmente, Yasmin foi tratada com dilatação pneumática, um procedimento que alivia temporariamente os sintomas da acalasia. No entanto, a eficácia diminuiu com o tempo. Em maio de 2025, sua saúde deteriorou drasticamente: o intestino parou de funcionar, exigindo uma cirurgia emergencial para retirada de metade do órgão. Desde então, ela utiliza uma bolsa de colostomia e perdeu 16 kg, agravando seu estado de desnutrição.
“Essa doença mudou totalmente minha vida. Depois da retirada do meu intestino, tudo piorou. Estou desnutrida, acamada, e dependo de cadeira de rodas para sair de casa. Cuidar dos meus três filhos se tornou muito difícil”, desabafou Yasmin. A jovem também enfrenta crises de ansiedade, necessitando de medicação para dormir.
A solução para Yasmin pode estar na Miotomia Endoscópica Peroral (POEM), uma cirurgia menos invasiva realizada em centros especializados, como em Recife. Diferentemente do procedimento tradicional (Heller), que Yasmin tentou realizar pelo SUS, mas foi recusada devido ao seu estado nutricional crítico, a (POEM) oferece uma abordagem mais moderna e com recuperação mais rápida. No entanto, o alto custo do procedimento, estimado em R$ 20 mil, é um obstáculo significativo.
Por que a (POEM) é tão especial? “Esse procedimento utiliza técnicas endoscópicas para relaxar os músculos do esôfago, facilitando a agem de alimentos sem a necessidade de cortes externos”, explica o Mayo Clinic. Para Yasmin, essa cirurgia pode significar a volta de uma alimentação mais normal e a recuperação de sua autonomia.
Viver com acalasia vai além da dificuldade de engolir. Para Yasmin, a doença trouxe limitações físicas, emocionais e sociais. Como mãe de três crianças, ela enfrenta o desafio de cuidar da família enquanto lida com a própria saúde fragilizada. A desnutrição extrema também aumenta o risco de complicações, como infecções e falência de órgãos, tornando a cirurgia uma prioridade urgente.
A história de Yasmin levanta uma questão importante: como o sistema de saúde pode apoiar pacientes com doenças raras? No Brasil, o o a tratamentos especializados pelo SUS é limitado, especialmente para procedimentos como a (POEM), disponíveis em poucos centros. Isso força muitos pacientes a recorrerem a campanhas de arrecadação, como a de Yasmin, para custear tratamentos que podem salvar suas vidas.
Yasmin está em uma corrida contra o tempo para arrecadar os recursos necessários para a cirurgia. Campanhas de arrecadação online, como vaquinhas, têm sido uma ferramenta essencial para pacientes com condições raras. Além de contribuir financeiramente, compartilhar sua história pode aumentar a visibilidade do caso e inspirar mais pessoas a ajudar.
Doenças raras, como a acalasia, afetam cerca de 13 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. Aumentar a conscientização sobre essas condições é fundamental para pressionar por mais investimentos em pesquisa e tratamentos íveis. Você já conhecia a acalasia ou outras doenças raras? Como podemos, como sociedade, apoiar quem enfrenta esses desafios?
Apesar das dificuldades, Yasmin mantém a esperança de recuperar sua saúde e voltar a viver plenamente com seus filhos. Sua história é um lembrete da resiliência humana e da importância de apoiar aqueles que enfrentam condições raras. A cirurgia (POEM) pode ser o primeiro o para um futuro melhor, mas ela precisa da ajuda de todos nós.
Se você se sentiu tocado pela história de Yasmin, considere compartilhar este artigo ou buscar formas de apoiar campanhas para doenças raras. Pequenas ações podem fazer uma grande diferença na vida de alguém que luta para sobreviver.