Notícias do Tocantins - Após 15 anos sem concurso público, a Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins (Aleto) finalmente realizou um novo certame, lançado em novembro de 2023 e homologado em 2025. Porém, a frustração continua, seja em razão do baixíssimo número de vagas ofertadas, somente 107, e, agora, devido à convocação de apenas 40 aprovados para posse. u4i6e
Esses números contrastam com outra realidade, pois o Poder Legislativo Estadual possui milhares de servidores contratados e em cargos comissionados, situação que não mudará mesmo com a nomeação de todos os aprovados no certame.
Atualmente, a Assembleia Legislativa possui 2.381 servidores (incluindo os 24 deputados), dos quais 1.951 são comissionados, 40 contratos temporários e 170 requisitados de outros órgãos e Poderes. E pasmem, apenas 196 servidores são concursados! Além disso, ainda há muitos trabalhadores terceirizados em áreas como limpeza, segurança e no cafezinho. Esses não aparecem no Portal da Transparência, dificultando a fiscalização.
Portanto, um concurso com apenas 107 vagas e uma convocação limitada a apenas 40 aprovados, embora tenha sido um alívio para quem ou, não serve minimamente como parâmetro de uma gestão responsável e comprometida com a moralidade pública.
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Apesar desse cenário vexatório para um Poder da República que tem a missão de criar leis e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos, o presidente da Casa, deputado estadual Amélio Cayres (Republicanos), estampa o concurso público como uma das grandes realizações de sua gestão e já sonha em ocupar a cadeira mais cobiçada do Palácio Araguaia.
Esse cenário aponta para uma urgente reflexão sobre a gestão pública da Assembleia Legislativa do Tocantins, que, ao não expandir o número de vagas do concurso, acaba por manter uma estrutura funcional dependente de contratações temporárias e cargos comissionados, prejudicando a estabilidade e a eficiência no serviço público, sendo um péssimo exemplo para os demais órgãos e Poderes.
O AF Notícias solicitou um posicionamento da Assembleia Legislativa sobre essa situação, mas ainda não obteve resposta.