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Notícias do Tocantins – No alto do Supremo Tribunal Federal, a estátua da Justiça assiste, impávida, a um país que às vezes esquece o próprio sentido do seu nome. De olhos vendados, como reza o clichê, deveria pesar com equidade a culpa e a inocência. Mas há dias em que o peso de sua espada parece pender menos para a balança da lei e mais para a conveniência dos tempos. e1528

A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que pichou a frase "perdeu, mané" durante a depredação da sede do STF em 8 de janeiro de 2023, foi sentenciada a 14 anos de prisão, uma pena mais dura do que para muitos criminosos de colarinho branco, traficantes e assassinos confessos. Houve divergência, é verdade. O ministro Luiz Fux propôs um ano e seis meses de reclusão, mas foi voto vencido. Certamente seus advogados ainda irão recorrer, até porque temos exemplos de como o tempo beneficia alguns. 

Enquanto isso, Fernando Collor de Mello, homem que carrega no sobrenome a marca da história de um país tantas vezes enganado, foi finalmente preso por um processo que começou no STF em 2018. O ex-presidente da República foi condenado a 8 anos e 6 meses de prisão por receber propina de R$ 20 milhões (corrupção iva) da empresa UTC Engenharia. A Procuradoria-Geral da República o acusou de utilizar sua influência política para favorecer contratos da BR Distribuidora entre os anos de 2010 e 2014.

O mesmo Supremo que ergueu a espada tão rápida contra Débora, e fixou 14 anos de prisão pela pichação, hesitou anos e anos para sentenciar Collor a 8 anos e 6 meses por receber uma propina milionária.

Não se trata aqui de defender a pichadora, o vandalismo deve ser punido. Mas a justiça, se é realmente justa, deve pesar os atos com a mesma medida para todos. O que se viu foi a demonstração brutal de que, no Brasil, o crime e a punição muitas vezes dançam conforme a música de alguns, e nas entrelinhas da cega justiça, os os não trazem alívio no justo.

Débora, a cidadã comum, enfrenta a fúria. Collor, o ex-presidente milionário e influente, eou pelos corredores do poder até o último suspiro de sua carreira pública. Há algo de profundamente errado em um país onde a pichadora é tratada com mais rigor que o lobo em pele de líder, apesar de sabermos das nuances dos foros privilegiados.

A Justiça, aquela senhora cega, hoje ouve mais do que deveria, ouvidos atentos aos gritos do poder, e às vezes surda para o clamor da razão. No fim das contas, resta ao cidadão comum a esperança de que a venda volte a cobrir seus olhos de forma honesta, para que a espada nunca mais desça em cabeças erradas, enquanto alguns culpados brindam à impunidade.

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