Notícias do Tocantins - Com mais de 76% de aprovação, segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) vive um momento político raro: é amplamente bem avaliado pela população em todas as regiões do estado. No entanto, o histórico das eleições municipais de 2024 acende um alerta: apesar da alta popularidade, o governador pode enfrentar dificuldades na transferência de votos em 2026 - fator que pesaria significativamente na disputa eleitoral, especialmente na definição de seu sucessor. 501p5d
No pleito do ano ado, o Republicanos conquistou 56 prefeituras - cerca de 40% dos municípios tocantinenses - tornando-se o partido com o maior número de gestores municipais. Um feito, claro, que evidencia a força da liderança construída por Wanderlei. No entanto, em termos de densidade eleitoral, o desempenho foi mais modesto: esses municípios concentram apenas 20,17% da população do Estado.
Em contrapartida, os candidatos apoiados diretamente pelo governador foram derrotados nas cinco maiores cidades do Tocantins - Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Paraíso do Tocantins - que, juntas, representam mais de 44% do eleitorado.
Portanto, a popularidade de Wanderlei, embora consolidada, não garante automaticamente que se converta em votos para seus indicados - algo que pode afetar diretamente o projeto de continuidade política que o governador tenta articular.
Desse modo, a possível disparidade entre a aprovação pessoal do governador e a capacidade de transfência de votos soou como alerta sobre o projeto da sucessão em 2026. Até o momento, o nome mais cotado para essa missão é o do deputado estadual Amélio Cayres (Republicanos), atual presidente da Assembleia Legislativa e aliado de primeira hora de Wanderlei.
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A equação se complica ainda mais diante do cenário interno do grupo governista. Caso Wanderlei opte por disputar o Senado, precisará renunciar ao governo, deixando o comando do Estado nas mãos do vice-governador Laurez Moreira (PDT), com quem está rompido politicamente. Se assumir o Palácio Araguaia, Laurez poderá reforçar sua própria candidatura, ameaçando os planos de Wanderlei de fazer de Cayres o sucessor.
Articulações recentes, lideradas pelo senador Eduardo Gomes, indicam movimentos para reverter esse cenário, incluindo a aproximação com o prefeito de Paraíso do Tocantins, Celso Morais (MDB), que foi adversário político de Wanderlei nas últimas eleições.
Por ora, Wanderlei segue como o principal cabo eleitoral do estado, mas o extrato das urnas em 2024 mostra que, até 2026, os fatores regionais podem ser decisivos - e exigirão bem mais do que popularidade. A corrida pela sucessão já começou a todo vapor!
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