Notícias do Tocantins - O inesperado pedido de exoneração do secretário de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), Deusiano Amorim, ocorreu por razões pessoais e não foi motivado pelo ofício encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) recomendando a transferência do advogado Thiago Barbosa, que está preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas (PP), para uma sala no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar. 1z37e
O advogado é sobrinho do governador Wanderlei Barbosa e foi alvo da Operação Sisamnes, que apura um suposto esquema de venda e vazamento de decisões envolvendo o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Thiago Barbosa trabalhava como assessor de um procurador de Justiça no Ministério Público do Tocantins (MPTO), tendo o aos sistemas do Judiciário.
Em 11 de abril, o então secretário Deusiano Amorim encaminhou ao ministro Cristiano Zanin, do STF, um ofício sugerindo a transferência do preso. Ocorre que esse documento foi enviado em resposta a uma notificação do próprio relator do inquérito.
No documento, o ministro mandou oficiar “a Secretaria de istração Penitenciaria do Tocantins adote medidas necessárias para assegurar a incolumidade do custodiado, em razão da função anteriormente exercida, devendo, ainda, comunicar a este Relator qualquer incidente que possa indicar risco à integridade física ou moral do custodiado”.
Portanto, o ex-secretário não atravessou petição de forma indevida no processo que tramita no STF, mas apenas respondeu a um questionamento do ministro relator.
Com a saída de Deusiano, o titular da Segurança Pública, Bruno Sousa Azevedo, foi designado para responder pela pasta da Seciju, sem prejuízo de suas funções.