O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Repu), fez uma jogada política que mira nitidamente um partido comandado por um dos algozes do seu governo, o PSB do ex-prefeito Carlos Amastha, de Palmas. j34a
Numa única tacada, Wanderlei movimentou 3 peças importantes no tabuleiro do partido de oposição: o único deputado estadual, um vereador de Palmas e o primeiro suplente.
O contra-ataque do governo ocorre após a ofensiva de Amastha e do PSB para derrubar a eleição antecipada do deputado Leo Barbosa (filho do governador) para a presidência da Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto ) no biênio 2025/2026.
A eleição foi realizada com 2 anos de antecedência, após uma emenda constitucional aprovada às pressas e na calada da noite pelos deputados estaduais.
Contudo, o PSB ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) e conseguiu liminar para suspender o resultado da eleição antecipada.
Em seguida, o presidente da Assembleia, deputado Amélio Cayres, tentou socorrer o governo por meio da contratação de uma banca de advogados em Brasília, pelo valor inicial de R$ 650 mil. Tudo sem licitação e usando dinheiro público. O contrato ainda previa uma cláusula de êxito, ou seja, os advogados receberiam um bônus milionário caso conseguissem reverter a decisão para manter a eleição de Leo.
Porém, Amastha, novamente, frustrou os planos do grupo governista e ajuizou uma ação popular para suspender a contratação da banca. Resultado: Amélio Cayres cancelou o contrato com os advogados de Brasília.
Acuado, o governador Wanderlei Barbosa resolveu usar suas armas políticas para tentar enfraquecer o partido de Amastha. Para isso, nomeou o deputado estadual Moisemar Marinho para o cargo de secretário extraordinário de Ações Governamentais e Parcerias Público-Privadas, abrindo espaço na Assembleia Legislativa para o primeiro suplente Sargento Júnior Brasão, que é vereador de Palmas e que, por sua vez, abrirá espaço na Câmara para Epitácio Brandão Filho, todos do PSB.
