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Notícias do Tocantins - As ruínas do Arraial Bom Jesus do Pontal, marco inicial da colonização na região de Porto Nacional (TO), foram oficialmente reconhecidas como patrimônio cultural brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Uma placa instalada no local informa que o sítio arqueológico está protegido pela Constituição Federal e pela Lei nº 3.924/1961, que preserva monumentos arqueológicos e pré-históricos. 283b4d

Fundado em 1.738 por bandeirantes em busca de ouro, o arraial foi um dos primeiros povoados do Tocantins e peça-chave no processo de ocupação do interior do Brasil. Suas ruínas, hoje cercadas pela vegetação, guardam vestígios de edificações em pedra, cerâmicas e até ossos humanos, testemunhas de um ado marcado por expedições mineradoras, conflitos com indígenas e transformações econômicas.

"Essas expedições tinham como objetivo a mineração, o aldeamento de indígenas, que na época era tido como selvagem, e a criação de aglomerações não indígenas no interior do território do Brasil. É dentro desse contexto que o Arraial do Pontal, ou Arraial do Bom Jesus do Pontal é fundado em 1738, à margem esquerda do rio Tocantins, e o Arraial do Carmo em 1776, à direita do rio Tocantins", explicou o historiador da Secretaria Municipal da Cultura e do Turismo, Jefferson da Silva Barbosa.

ENTRE A LENDA E A HISTÓRIA

A tradição oral atribui o fim do arraial a um ataque dos indígenas Xerente no século XIX, que teria levado os sobreviventes a fundar Porto Real (atual Porto Nacional). No entanto, historiadores, como Jefferson Barbosa, apontam contradições: "Há indícios de que o arraial e Porto Real coexistiram. O declínio pode estar mais ligado a fatores econômicos do que a conflitos".

Foto: Arquivo Pessoal

O sítio, um dos 100 registrados no município, ainda não teve sua área total demarcada devido à necessidade de pesquisas arqueológicas mais aprofundadas. "Sabemos onde começa, mas não até onde vai", explica Jefferson, destacando a complexidade do tombamento, iniciado pelo Iphan nos anos 1990.

PROTEÇÃO E DESAFIOS

Além da placa instalada em abril, a prefeitura do município planeja sinalizar o núcleo das ruínas. A superintendente do Iphan no Tocantins, Cejane Pacini, reforça a importância da ação: "A sinalização combate queimadas e informa a população sobre a proteção legal". O próximo o é viabilizar escavações para detalhar a ocupação do local e promover educação patrimonial.

Foto: Divulgação | Dornil Sobrinho

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Pesquisadores como Genilson Nolasco, da Unitins, enfatizam o valor do Pontal para entender a formação do Tocantins: "Ele teve a mesma relevância que Natividade e Monte do Carmo, mas ficou no esquecimento". A negligência histórica contrasta com seu potencial turístico e educativo, já que o sítio reúne paisagens deslumbrantes e estruturas monumentais.

UM PATRIMÔNIO QUE CLAMA POR REVITALIZAÇÃO

Enquanto o centro histórico de Porto Nacional, tombado em 2008, atrai olhares para a Catedral Nossa Senhora das Mercês, as ruínas do Pontal permanecem em terras particulares, sem o público. Especialistas defendem intervenções arquitetônicas para revitalizar o local, aliando preservação e uso cultural.

Serra do Pontal - Foto: Arquivo Pessoal

"Preservar o Pontal é manter viva a história das bandeiras, da mineração e da resistência indígena", afirma Jefferson Barbosa. Com leis federais que garantem sua proteção, o desafio agora é transformar o sítio em um espaço de memória ativa, conectando ado e presente no coração do Tocantins.

ASSUNTOS porto nacional iphan tocantins patrimômio cultural brasil ruínas sítio arqueológico

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