Em janeiro de 2025, um surto misterioso no noroeste do Congo matou mais de 50 pessoas em poucas semanas, com uma taxa de mortalidade de 12,49%, superando a da COVID-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS) investiga a possibilidade de um novo vírus zoonótico, enquanto a comunidade global se pergunta: quais doenças podem ser tão rápidas e letais? Este artigo explora o recente surto e outras condições que podem matar em até 24 horas, oferecendo informações claras e confiáveis para você entender os riscos e se proteger. f1c2s
O surto no Congo: o que sabemos até agora
No dia 21 de janeiro de 2025, o Hospital Bikoro, no Congo, registrou os primeiros casos de uma doença desconhecida. Até fevereiro, 419 pessoas foram infectadas, com 52 mortes, segundo a OMS. O diretor médico Serge Ngalebato destacou a gravidade: “O curto período entre os sintomas e a morte é muito preocupante”. A suspeita é que o surto seja causado por um vírus transmitido de animais para humanos, mas testes estão em andamento para confirmar a origem.
Por que isso assusta tanto? A taxa de mortalidade de 12,49% é significativamente maior que a da COVID-19 (3,14% em média, segundo dados históricos). Além disso, a rapidez da progressão da doença dificulta a resposta médica em áreas com infraestrutura limitada. A OMS está mobilizando equipes para conter a disseminação, mas o caso reacende o alerta sobre doenças letais de ação rápida.
Algumas infecções e condições médicas podem levar à morte em menos de um dia se não forem tratadas imediatamente. Abaixo, listamos as principais, com base em fontes confiáveis como a Healthline e a Health 24, explicando seus sintomas, riscos e formas de prevenção.
A meningite meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, é transmitida por saliva ou muco e pode ser fatal em 50% dos casos não tratados, segundo a Healthline. Ela afeta as meninges, membranas que protegem o cérebro e a medula espinhal, causando inchaço e danos cerebrais graves.
Sintomas: febre, rigidez no pescoço, confusão mental, dores de cabeça intensas e sintomas gripais.
Risco: bebês e crianças pequenas são especialmente vulneráveis.
Prevenção: vacinas como a meningocócica C e ACWY são eficazes. Evite contato próximo com pessoas infectadas e mantenha boa higiene.
Sepse grave: quando o corpo ataca a si mesmo
A sepse ocorre quando uma infecção se espalha pela corrente sanguínea, desencadeando uma resposta imunológica exagerada. A inflamação generalizada pode levar à falência de órgãos em poucas horas. É comum em hospitais, onde pacientes debilitados estão mais suscetíveis.
Sintomas: febre alta, calafrios, confusão, respiração rápida e pressão arterial baixa.
Risco: pacientes internados ou com sistema imunológico comprometido.
Prevenção: higiene rigorosa em ambientes hospitalares e tratamento imediato de infecções locais.
Um AVC ocorre quando o fluxo de sangue para o cérebro é interrompido, causando morte celular por falta de oxigênio. Casos graves podem levar ao edema cerebral e à morte em poucas horas.
Sintomas: dormência ou paralisia em um lado do corpo, fala arrastada, tontura e confusão.
Risco: idosos e pessoas com hipertensão, diabetes ou histórico familiar.
Prevenção: controle da pressão arterial, dieta saudável e reconhecimento precoce dos sintomas para atendimento imediato.
O vírus Ebola, com taxa de mortalidade entre 50% e 90% (Health 24), causa sangramentos internos graves e falência de órgãos. Surtos são frequentes em países africanos, como Serra Leoa e Libéria.
Sintomas: febre, vômitos, diarreia, fadiga e dores intensas.
Risco: contato direto com fluidos corporais de infectados.
Prevenção: isolamento de casos, uso de equipamentos de proteção e vacinas em desenvolvimento.
Causada pela bactéria Yersinia pestis, a peste bubônica é transmitida por pulgas de roedores. Sem tratamento, pode levar ao choque séptico e à morte em horas.
Sintomas: febre, calafrios, inchaço dos gânglios linfáticos (bubões) e gangrena.
Risco: áreas rurais com saneamento precário.
Prevenção: controle de roedores, antibióticos precoces e proteção contra picadas de pulgas.
A cólera, causada pela bactéria Vibrio cholerae, é transmitida por água ou alimentos contaminados. A diarreia intensa pode levar à desidratação fatal em poucas horas.
Sintomas: diarreia aquosa, vômitos e cãibras musculares.
Risco: regiões sem o a água potável.
Prevenção: tratamento da água, saneamento básico e reidratação oral imediata.
A Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) causa infecções graves, especialmente quando leva à sepse ou choque séptico. É comum em hospitais e asilos.
Sintomas: furúnculos, feridas na pele, febre e, em casos graves, falência de órgãos.
Risco: pessoas com sistema imunológico enfraquecido.
Prevenção: higiene pessoal, uso correto de antibióticos e esterilização de equipamentos médicos.
Essa infecção, causada por bactérias como Streptococcus do grupo A, destrói tecidos rapidamente. Sem cirurgia ou antibióticos, pode ser fatal em 24 horas.
Sintomas: dor intensa, vermelhidão, inchaço e febre.
Risco: feridas abertas ou cirurgias recentes.
Prevenção: limpeza de feridas e atendimento médico imediato.
Embora geralmente leve, o enterovírus D68 pode causar dificuldades respiratórias graves em casos raros, especialmente em crianças.
Sintomas: febre, tosse, coriza e, em casos graves, insuficiência respiratória.
Risco: crianças com asma ou condições respiratórias.
Prevenção: higiene respiratória e monitoramento de sintomas em crianças.
A dengue, transmitida por mosquitos Aedes aegypti, pode evoluir para a forma hemorrágica, causando sangramentos graves e falência de órgãos.
Sintomas: febre, dor óssea, sangramentos e erupções cutâneas.
Risco: regiões tropicais, como o Brasil.
Prevenção: eliminação de criadouros de mosquitos e uso de repelentes.
Essas condições compartilham características alarmantes: progressão rápida, capacidade de sobrecarregar o corpo e dificuldade de diagnóstico precoce. Em contextos como o surto no Congo, a falta de o a cuidados médicos imediatos agrava o problema. Mas o que podemos aprender com isso? A vigilância global, o investimento em saúde pública e a educação sobre sintomas são cruciais para evitar tragédias.
Vacinação: mantenha vacinas em dia, como as contra meningite e influenza.
Higiene: lave as mãos frequentemente e evite contato com fluidos corporais de pessoas doentes.
Atenção aos sintomas: busque ajuda médica imediata se notar febre alta, confusão ou dores intensas.
Saneamento: apoie iniciativas de o à água potável e saneamento básico.
Prevenção de mosquitos: use repelentes e elimine água parada em áreas tropicais.