Mulheres são maioria no eleitorado, mas minoria na políticaNotícias do Tocantins – O cenário político do Tocantins vive um momento histórico: pela primeira vez, uma mulher desponta entre os nomes favoritos ao Governo do Estado em 2026. A senadora Professora Dorinha Seabra (União Brasil) aparece em destaque na pesquisa realizada pelo Instituto Paraná, entre os dias 5 e 8 de abril, com 26,4% das intenções de voto, empatada tecnicamente com o senador Eduardo Gomes (PL), que lidera com 27,1%. 316110
Embora ainda seja cedo para previsões definitivas, a possibilidade de uma mulher assumir o Palácio Araguaia representa um marco para a política tocantinense, historicamente dominada por homens.
Atualmente, Dorinha é a principal voz feminina na política tocantinense, sinalizando que o eleitorado do estado está aberto a uma liderança feminina. Até 2026, mudanças podem acontecer, principalmente quando se fala da política. Mas a presença de uma mulher competitiva na corrida ao governo traz uma novidade significativa.
Mulheres são maioria no eleitorado, mas minoria na política
Esse cenário na pesquisa vai ao encontro de outros dados nacionais que refletem uma mudança gradual no perfil do eleitorado. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que as mulheres representam 52% do total de eleitores no Brasil, somando 81,8 milhões de pessoas. No Tocantins, elas também são maioria: 591.881 eleitoras em 2024, contra 579.761 homens.
*Pesquisa Instituto Paraná realizada entre os dias 05 a 08 de abril de 2025/ Com uma amostra de 1.610 eleitores em 60 municípios.
O crescimento, ainda que modesto, é significativo: em 2014, as mulheres representavam 49,77% do eleitorado tocantinense; em 2024, aram para 50,52% — um aumento de 0,75 ponto percentual em uma década.
Essa mudança indica que as mulheres estão, pouco a pouco, superando barreiras históricas para ocupar espaços de poder de decisão no voto. No entanto, o caminho até o topo ainda é árduo, especialmente pela sobrecarga de responsabilidades que muitas enfrentam. Um exemplo dessa realidade no estado é que hoje na bancada tocantinense na Câmara Federal não tem nenhuma mulher eleita.
