Após uma manhã de calor intenso, os palmenses foram surpreendidos por um fenômeno incomum no Tocantins, na tarde desta sexta-feira (08). Uma chuva de granizo foi registrada por vários moradores da região central de Palmas. As imagens chamaram a atenção e viralizaram nas redes sociais. z435t
"Gente tá chovendo granizo em Palmas, não acredito (sic)", disse uma morada da quadra 104 Norte, em tom de surpresa, durante a gravação das imagens.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, não houve prejuízos ou quaisquer incidentes provocados pela chuva de gelo.
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Como se forma a chuva de granizo?
As gotas de água que se evaporam dos rios, mares e da superfície terrestre, quando chegam às nuvens e encontram temperaturas abaixo de -80°C, viram gelo. Congelado, o vapor de água fica com mais peso do que a nuvem pode aguentar e cai, em forma de pedra de gelo, que chamamos de granizo.
A chuva de granizo, no entanto, não acontece nas regiões polares. O motivo? É que o granizo só se forma em um único tipo de nuvem, a cumulonimbus, também responsável por trovões e relâmpagos. Essa nuvem atinge até 25 km de altitude a partir da linha do Equador.
"E ela só aparece nas regiões mais quentes", explica Mario Festa, professor de Meteorologia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo. Isso acontece porque ela se forma graças a temperaturas elevadas e alto índice de umidade relativa do ar, mais raro nos países frios.
A ocorrência do granizo, portanto, é mais frequente nas regiões equatoriais, e vai diminuindo
gradativamente ao longo das regiões tropicais, extratropicais e temperadas.
"Por isso, em algumas épocas do ano é até possível ter chuva de granizo na Escandinávia, mas é raro. Já nos polos, realmente, nunca foi registrada", diz o professor.
A pedra de gelo tem, em média, 0,5 a 5 centímetros de diâmetro, mas isso pode variar. Nos Estados Unidos, na década de 1970, foi registrado um granizo com 14 centímetros de diâmetro, com 750 gramas.