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Araguaína completa 64 anos no dia 14 de novembro e, até lá, uma série de entrevistas será realizada com moradores que participaram ativamente da construção e desenvolvimento da BR-153, uma das mais importantes rodovias do país e eixo fundamental de crescimento econômico e social para a cidade. 2t256h

O especial “Rota da Prosperidade” traz como primeiro personagem o senhor Júlio Paz, de 90 anos, que trabalhou nos primeiros anos de construção da rodovia. 

Um dos pioneiros do Bairro JK, às margens da rodovia Belém-Brasília, seu Júlio teve o primeiro contato com as obras da BR-153 no trecho de Gurupi, na frente que seguia de Brasília em direção ao norte. “Cheguei em novembro de 1957, com 25 anos de idade, e já fui fichado como machadeiro”, disse. 

O trabalho principal era desbravar as matas da região abrindo clareiras com o machado até a chegada dos tratores. Mesmo com o trabalho duro, Júlio Machadeiro, como ficou conhecido, lembra que recebia um bom dinheiro pelo serviço. “A gente ganhava até 50 cruzeiros a diária. Para a época, era muita coisa”, afirmou.

No começo de Araguaína

Seu Júlio veio para o trecho da obra em Araguaína em meados da década de 1960 e lembra que a cidade, na época, ainda era considerada uma corrutela. E foi com a chegada das máquinas que as coisas começaram a mudar. “O povoado era onde o centro da cidade é hoje. Não tinha quase nada, não tinha nem um carro. Fizemos um acampamento de mais ou menos 600 pessoas, foi um movimento grande”, relatou.

Nessa época, seu Júlio já tinha aprendido outros ofícios, como mestre de obras, borracheiro, mecânico, operador de máquina, mas foi no de motorista que ele mais trabalhou na cidade. Ele conta que a chegada das máquinas e da rodovia chamou bastante atenção da comunidade.

“Era um trabalho animado quando a estrada foi lançada, foi um sucesso. Uma rodovia igual àquela tinha muito movimento de pessoas. Ninguém na região sabia o que era a Belém-Brasília, nunca tinham visto máquinas iguais aquelas”, disse o pioneiro.

Crescendo juntos

A primeira via que Araguaína recebeu da BR-153 era bem estreita, só dava para circular os caminhões das obras, mas foi o suficiente para começar a trazer mudanças para a cidade. Já com a chegada dos maquinários, pequenas firmas começaram a se instalar na cidade para ajudar na abertura da estrada.

“A cada dia que ava, as coisas iam melhorando. Então posso dizer que Araguaína cresceu com a nossa ajuda”, afirma seu Júlio.

Na cidade, o pioneiro trabalhou até a rodovia ser asfaltada e atuou diretamente com Bernardo Sayão, o engenheiro principal da obra no trecho do Tocantins. Inclusive, seu Júlio conta que esteve pessoalmente com o ex-presidente Juscelino Kubitschek. “Ficamos frente a frente no acampamento algumas vezes”, disse.

Amor pela rodovia

Depois que deixou a obra, seu Júlio tomou gosto pela estrada e seguiu na profissão de motorista, uma decisão consciente e planejada para conhecer outros trechos da BR-153 e muitas outras rodovias do país.

Araguaína foi o local onde seu Júlio decidiu fixar residência depois de 18 anos trabalhando na BR-153. Casado duas vezes, com quatro filhos, três deles vivos, o pioneiro é uma memória viva da Belém-Brasília e faz parte da história de Araguaína. Ele chegou à cidade junto a uma das principais obras de infraestrutura do Brasil na época e que se tornou uma base fundamental para o crescimento e desenvolvimento de Araguaína.

Quando têm a oportunidade de ir até o trecho duplicado da rodovia que a pelo perímetro urbano de Araguaína, a poucas quadras de sua casa, Júlio Machadeiro se emociona ao ver o tamanho da infraestrutura e lembrar de como tudo começou.

“A evolução foi muito grande, viu. Naquela época, não tinham muitas estradas como essa, então a gente não imaginava que ela poderia ficar assim, como está hoje. Eu tenho muito prazer na minha vida. A Belém-Brasília tem uma história na minha vida”, finalizou o pioneiro.

A BR-153

Conhecida como Belém-Brasília no trecho entre Anápolis (GO) e Wanderlândia (TO), e também como Transbrasiliana, a rodovia é uma das maiores obras de infraestrutura do Brasil que ajudou a conectar a região norte com o eixo centro-sul do país. Tem 3.585 quilômetros de extensão e hoje é a sexta maior rodovia do Brasil.

A obra começou no final da década de 1950, durante o governo de Juscelino Kubitschek. O projeto foi conduzido pelo engenheiro Bernardo Sayão, que dá nome a uma cidade no Tocantins e diversas ruas e avenidas em outros municípios. A primeira cidade tocantinense a receber a rodovia foi Xambioá, na frente de obras que saiu de Belém para encontrar a frente sul.

Hoje, mais de 400 mil pessoas de 58 cidades, além de distritos e povoados, vivem às margens da BR-153 no Tocantins.

Júlio Paz
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