Notícias de Araguaína - A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) participou, nesta quarta-feira 30/4, de uma reunião com o Ministério Público Estadual (MPTO) e a Secretaria Municipal de Saúde de Araguaína (Semus) para discutir melhorias no fluxo de atendimentos no município. O objetivo é garantir que os pacientes recebam assistência no tempo adequado e que a comunicação entre as unidades de saúde seja mais eficiente. 65z71
A reunião foi motivada pela situação caótica denunciada no final de semana pelo AF Notícias, quando 36 pacientes estavam na UPA à espera de vaga no Hospital Regional de Araguaína (HRA), devido à superlotação na unidade.
Durante o encontro, foram analisados os fluxos de atendimento no HRA, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Pronto Atendimento Infantil (PAI) e no Hospital Municipal Eduardo Medrado, com foco no acolhimento de pacientes e na classificação de prioridade nos atendimentos de urgência e emergência.
A diretora-geral do HRA, Cristiane Uchôa, destacou a importância do alinhamento entre as unidades. “É fundamental organizar o fluxo de entrada no pronto-socorro, identificar os casos prioritários e definir para onde cada paciente deve ser direcionado — seja de volta para a UPA, para um ambulatório de especialidades ou para internação — garantindo um atendimento mais eficaz”, afirmou.
A responsável técnica de enfermagem do HRA, Lauriete Parente, reforçou a necessidade de uma comunicação mais ágil. “Discutimos também o transporte de pacientes e a integração entre as equipes da UPA e do HRA, o que é essencial para garantir rapidez e precisão na classificação dos casos”, explicou.
Para a secretária municipal de Saúde, Ana Paula Abadia, a reunião fortaleceu o diálogo entre as instituições. “Esse tipo de articulação é essencial para buscarmos soluções conjuntas, principalmente neste período de aumento das síndromes gripais, quando a demanda por atendimentos de urgência cresce consideravelmente”, destacou.
Como proposta para melhorar ainda mais o atendimento, a promotora de Justiça Bartira Silva Quinteiro sugeriu a criação de uma comissão médica integrada entre as unidades. “A comissão irá discutir casos clínicos de pacientes que chegam ou retornam às unidades, inclusive de outros municípios, promovendo estudos de casos e melhorando o processo de decisão sobre os encaminhamentos”, explicou.
