Notícias de Araguaína – Durante o verão, compreendido no Tocantins entre o dia 21 de dezembro a 20 de março, é comum observar um aumento no número de casos de viroses. 3z1q43
A chefe da Divisão Médica do Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Thaissa Nazareno, explica que “as viroses são mais comuns no verão devido a fatores como o calor, a umidade, as aglomerações e o contato com água e alimentos contaminados”.
A especialista explica que os sintomas das viroses são semelhantes aos de outras condições, como intoxicação alimentar e desidratação, incluindo diarreia, náuseas, vômitos, tontura, dor abdominal, febre e perda de apetite. No entanto, a virose costuma ter um ciclo mais curto, durando entre dois e cinco dias, enquanto a intoxicação alimentar tende a ser mais prolongada e intensa.
No caso de viroses em crianças, Nazareno alerta que alguns sinais exigem atenção e podem indicar a necessidade de atendimento médico imediato. “Se mesmo quando a febre a, a criança continua indisposta, com irritabilidade excessiva, recusa alimentar, vômitos incoercíveis, dor no pescoço ou muita tosse e cansaço. Além de febre persistente, que dura mais de 3 dias; sinais de desidratação como boca seca e diminuição do volume de urina, é importante procurar o pronto atendimento, pois precisa de avaliação médica”, orienta a chefe da Divisão Médica do HDT-UFT/Ebserh.
Prevenção e cuidados essenciais
Para prevenir infecções virais, medidas simples, mas eficazes, podem ser adotadas pelos pais. Higienizar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel, manter a carteira de vacinação em dia, evitar aglomerações e consumir apenas alimentos frescos e bem higienizados são algumas das principais recomendações. Beber apenas água potável ou filtrada também é fundamental para reduzir o risco de contaminação.
No tratamento das viroses, a hidratação e o repouso são essenciais. Em alguns casos, pode ser necessária a istração de probióticos e suplementos de zinco para ajudar na recuperação do organismo. Em situações de desidratação leve, o soro caseiro preparado com água, sal e açúcar pode ser utilizado antes de procurar atendimento médico.
A chefe da Divisão Médica do HDT-UFT/Ebserh também alerta sobre o uso de medicamentos inadequados no tratamento de alguns quadros virais, como dengue. “Anti-inflamatórios como a aspirina e o ibuprofeno podem agravar a dengue, uma vez que aumentam o risco de sangramento. A dengue causa uma redução no número de plaquetas, células que ajudam na coagulação sanguínea. Os anti-inflamatórios não esteroidais, como a aspirina, o ibuprofeno e o naproxeno, prejudicam o funcionamento das plaquetas. O uso desses medicamentos pode causar irritação na mucosa gástrica, o que pode levar a sangramentos e agravar o quadro do paciente”, explica Thaissa Nazareno.
Sobre a Ebserh
O HDT-UFT faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, istra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
